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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"Não há silencio que não termine" livro de Ingrid Betancourt

Em "Não há  silêncio que nunca termine" são  interessantíssimas as colocações e o olhar perspicaz  da Ingrid Bettancourt (presidenciável colombiana que foi sequestrada em campanha em 2002,) faz sobre sua (sobre)vivência em cativeiro. Mostra em diversos momentos como as pequenas coisas podem fazer com que as pessoas fiquem tão incomodadas, e despertam o sentido de sobrevivência. Acho que todos deveriam ler este livro, que trata de situações extremas de cativeiro, porém se vistos na proporção adequada se encaixa perfeitamente na vida “normal”, pois evidencia  como tentamos disputar espaço, poder, sobrepor sobre o outro nossas idéias e vontades. Trata disso com uma visão tão precisa e tem tanta compaixão em seu olhar, que lamento as pessoas só sentirem compaixão para os que não convivem, ao menos  não de “tão perto”.

O mais difícil da convivência são as pequenas coisas,especialmente as que não fazemos pelo outro ou por nós mesmos, porque estas fazem preencher a alegria, felicidade e contentamento, que nos fazem sentir felizes.
Somos tão abençoados por saúde, família, por prosperidade,mas não conseguimos enxergar o bom em primeiro plano, natureza difícil a do ser humano não é mesmo??? a maioria das pessoas medem pelo que incomoda, não pelo que faz bem....

Inteligência emocional..... ??? está em moda, mas na verdade quantos a dominam realmente.....??

É muito difícil ser amigo de perto?  É incômodo se preocupar com o outro, requer muitas vezes abrir mão do que acreditamos ser bom para nós.  Os pequenos gestos de carinho, de afago, de aconchego fazem a convivência ser mais doce. um abraço inesperado, um pouco de atenção, um bom dia bem humorado, sem ser um resmungo cheio de sono. Usualmente as pessoas não sabem fazer carinho, têm medo, não têm paciência ou mesmo tempo. E quantos momentos mágicos perdemos por não dedicar um minuto à aquele amigo que está tão disponível,e de repente quando ele não está mais, nos sentimos culpados, arrependidos por tudo que não pudemos dizer....

Estar realmente satisfeitos....

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